quarta-feira, abril 28, 2010

Dentro de você.

Será que os prédios são belos à noite,
ou belos são os meus olhos quando estás comigo
(em pulsar metafísicoastronauta)?
Armei-me em circo quando voltava dos palhaços,
sob um céu blue de estrelas despercebidas pelos demais.
Sentei e escrevi o meu próximo poema,
que não ouvirás. Irá se chamar
'Elegia para ti, Senhora'.
Não será sobre você, já terei te esquecido
há mais de 40 anos. Lembra como somos agora?
Sua face será enfeada na minha lembrança.
Não quererei lembrar. Como és bela!
Culpa do ódio que fingirei todas as noites
em meu cingido coração de homem honrado.
Diálogos nossos estão em prosa poética,
como por exemplo, aquela nossa genial conversa
que não teremos sobre Truffaut. Não teremos,
e fique sabendo desde já que a culpa é tua,
ninguém mandou ser tão sexy,
baby.
Enquanto danço um culposo palo nas tuas gengivas.
Com minha língua irei escrever onomatopéias,
e bangs, e plofs, e crash, e bums, e crac, e zoing, e puf!
Pintarei nas bochechas do destino, com gouache,
suspiros cardiovasculares motivados pela doçura
da idéia sentimental, mas que por variadas situação,
machucam como o ácido. Agridoces sopros...
Terá trechos sem sentido, chutando pedras,
aquele rapaz está te olhando, tenho ciúmes
aonde quer que estejas agora, um automóvel
minha amiga, aranhas, eu sabia, eu te a...
fica quieto, que horas são? Súcubos!
E então voltará ao seu normal. Louco normal.
Louco por ti eu estava, é normal. Roman à clé.
Mas neste poema direi que não. Que nunca te a...
fica quieto. Não fico. Amei, e é isso.
Agora não amo mais, há mais de 40 anos, não como
há mais de 40 anos atrás, nos meus 20 e poucos anos.
E se tua mão não segurar a minha para amassar
estas perfídias à nossa história passado nam futura.
Fique sabendo desde já que a culpa é minha.

Ismael 'Fly' Al. Schonhorst
http://nemcultnempop.blogspot.com/

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‎"O que mata as pessoas é a ambição. E também esta tendência para a sociedade de consumo. Quando vejo publicidade na televisão, digo a mim mesmo: podem me apresentar isto anos a fio que nunca comprarei nada daquilo que mostram. Nunca desejei um belo automóvel. Nunca desejei outra coisa senão ser eu próprio. Posso caminhar na rua com as mãos nos bolsos e sinto-me um príncipe."
Albert Cossery
 

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