segunda-feira, novembro 14, 2011

Visões de Johana - Bob Dylan



Não é uma boa noite pra brincar quando você está só tentando ficar quieto?
Nós sentamos aqui tão desamparados, embora todos nós estejamos fazendo nosso melhor pra negar isso.
E Louise agarra um punhado de chuva, tentando você a desafiar a tempestade
Luzes bruxelam no sótão do outro lado da rua
Nesse quarto os cachimbos acessos apenas fumaçam
A estação de música country toca suave
Mas não há nada, realmente nada que a desligue
Apenas Louise e seu namorado tão entrelaçados
E estas visões de Johanna que conquistam minha mente

No galpão vazio onde as damas brincam de "cabra cega" com a chave da cadeia
E as prostitutas sussurram suas escapadelas do trem D
Nós podemos ouvir o vigilante noturno acendendo sua lanterna
Perguntando pra si mesmo se ele ou elas estava realmente louco
Louise, ela é demais, ela está sempre por perto
Ela é delicada e se parece com o espelho
Mas ela faz tudo isso ficar tão conciso e limpo
Que Johanna desaparece
O fantasma de eletricidade uiva nos ossos do seu rosto
Onde essas visões de Johanna tomaram agora meu lugar

Agora, pequeno garoto perdido, ele leva a si mesmo tão a sério
Ele se vangloria de sua miséria, ele gosta de viver perigosamente
E quando eu menciono o nome dela
Ele solta um beijo de adeus para mim
Ele certamente tem um bocado de atrevimento pra ser tão completamente inútil
Murmurando comentários sem importância do lado de fora enquanto eu já estou dentro da sala
Como eu posso explicar?
Oh, isso é tão difícil de entender
E essas visões de Johanna, elas me mantém distante do nascer do sol

Nos museus, o Infinito aumenta o sofrimento
Eco de vozes é no que a salvação se torna depois de um tempo
Mas Mona Lisa precisa conhecer a highway blues
Você pode dizer que, a propósito, ela sorri
Veja a primitiva parede de flores congelar
Quanto a mulher com cara de geléia espirra
Ouça o homem de bigode dizer, "Jesus,
Eu não posso encontrar meus joelhos"
Oh, jóias e binóculos pendem da cabeça da mula
Mas essas visões de Johanna, elas fazem tudo parecer tão cruel.

O mascate conversa com a condessa que pretende cuidar dele
Dizendo, "Mostre-me alguém que não é um parasita e eu vou lá fora e faço um prece pra ele"
Mas como Louise sempre diz
"Você não pode olhar muito, pode?"
Como ela, ela mesma, o advertiu
E Madonna, ela ainda não foi desvendada
Nós vemos essa corroída jaula agora vazia
Onde sua cortina de teatro uma vez esteve levantada
O violonista, ele pôs o pé na estrada
Ele escreve que tudo retorna ao que era
Na traseira de um caminhão de peixe que aguarda
Enquanto minha cabeça explode
As gaitas tocam as chaves-mestre e a chuva
E essas visões de Johanna são agora tudo o que eu me lembro.

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‎"O que mata as pessoas é a ambição. E também esta tendência para a sociedade de consumo. Quando vejo publicidade na televisão, digo a mim mesmo: podem me apresentar isto anos a fio que nunca comprarei nada daquilo que mostram. Nunca desejei um belo automóvel. Nunca desejei outra coisa senão ser eu próprio. Posso caminhar na rua com as mãos nos bolsos e sinto-me um príncipe."
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