Magia Sexual é o uso do sexo como uma ferramenta na magia. Apesar de ser completa, essa definição não é útil, posto que trata-se de um tema extraordinariamente amplo, principalmente se aceitamos a premissa de que "todo ato intencional é um ato de magia".
No uso comum, o termo "magia sexual" e aplicado mais especificamente aos rituais e fórmulas mágicas que fazem uso do ato sexual propriamente dito como um elemento integrante. Como tal, ele está relacionado ao tantra que envolve o uso do sexo (e energias e funções relacionadas) como um elemento da yoga. De fato, as disciplinas e técnicas do tantra são extremamente úteis na magia sexual. Uma completa fundamentação teórica e prática em tantra representa uma preparação efetiva para a magia sexual.
Técnicas de magia sexual podem ser usadas em qualquer operação, mas o simbolismo e mecanismo particular do sexo o tornam mais apropriado para trabalhos que envolvam a união de opostos, criação e transformação. Qualquer operação mágica bem sucedida cria uma "criança mágica" em algum plano, mas esse efeito é especialmente forte nas operações sexuais. Obviamente, um plano potencial no qual tal criança pode aparecer é o plano material, se a oncepção ocorrer; veja a novela de Aleister Crowley, Moonchild para um relato fictício e ilustrativo de tal caso.
Muitas organizações esotéricas ensinam (ou dizem ensinar) formas particulares de magia seuxal, inclusive a Ordo Templi Orientis.
Na Ordens e na O.T.O.
As práticas e técnicas de Magia Sexual tiverem origem provável nas práticas hindus, extendendo-se ao Ocidente através de expoentes como Sir Richard Burton (Sir Woodroofe) através de seus escritos, como o Kamasutra e outrs; e Pascal Bervely Randolph por sua Hermetic Brotherhood of Light e escritos.
Outro destaque, fica por conta de Karl Kenner ao fundar a Ordo Templi Orientis, utilizando as práticas tântricas sexuais orientais, provavelmente obtidas de P. Bervely Randolph. Posteriormente Crowley filia-se à ordem e rapidamente alcança seu maior grau, IXº Grau. Todas suas experiências mágico-sexuais estão registradas em diários.
A ordem era dividida em dez graus, sendo que o 10º era administrativo e os anteriores eram agrupados em 3 triadas, cuja a última era relativo às práticas sexuais respectivamente:
- Grau VIIº - masturbação - onde sozinho o magista utilizava a força do orgasmo para alimentar um trabalho mágico (egrégora ou larva astral) ou como é chamado ritualisticamente, um "filho mágico" (ver sigilo).
- Grau VIIIº - magia realizada com um enten astral.
- Grau IXº - heterossexual - onde um casal heterosexual utiliza a força da relação para alimentar o objetivo, consistindo de intenso controle mental e consumação do Elixir (fluidos sexuais de ambos) na geração do "filho".
Posteriormente Crowley adiciona o XIº (décimo primeiro) ao sistema, imputando-lhe características são homossexuais, cuja projeção e recepção da força masculina (kteis e phallus) é utilizada, onde a mulher não pode executá-lo devido a sua natureza passiva (kteis), i.e., não podem manifestar a penetração (phallus).
A antiga Fraternitas Saturni a utilizava na manifestação da egrégora da ordem, um ser de características Saturninas chamado Gotos. Marcelo Motta tinha algumas teorias sobre o processo. Segundo ele, o XIº poderia sevir de porta entre a OTO e A.·.A.·. (8°=3°) e Kenneth Grant defendia suas próprias teorias do XIº, utilizando os Kalas.
Os rituais da ordem, bem como seu mais famoso segredo, foram todos publicados em 1973, por Francis King no livro " The Secret Rituals of the Ordo Templi Orientis ", pela editora Samuel Weiser.
Facilmente mal-interpretada (devido a repressão e ignorância sobre o sexo e suas consequências), a magia sexual, foi (e ainda é) utilizada para satisfações de desejos ou perveções sexuais de pessoas mal-intencionadas.
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